Refletindo acerca dos estudos teóricos realizados na interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental durante o V semestre, percebo que consegui agregar conhecimentos a minha trajetória de educadora, dentre os conhecimentos que darei destaque nessa reflexão, estão os fundamentos teóricos de uma verdadeira gestão escolar pautada na autonomia e participação de todos os envolvidos no processo educacional, sendo estes, princípios de uma gestão democrática.Fazendo um paralelo sobre a teoria que estudei e prática na escola que atuo, identifico nesta muitos esforços no sentido de construção de uma gestão democrática, porém, percebo que ainda vivenciamos muitas práticas de uma gestão patrimonialista, onde permeiam atitudes de autoritarismo, favorecimento pessoal, clientelismo, enfim, ranços de uma cultura patrimonialista.Ainda, analisando as leituras e observando minha realidade de escola, identifiquei que nesta a participação e a autonomia, princípios básicos da democracia, ainda são práticas pouco presentes, pois o individualismo se sobrepõe ao coletivo. Acredito que isso ainda ocorra pelo fato das pessoas ainda não estarem conscientes dos benefícios das ações coletivas e autônomas.Como já citei anteriormente que a participação é um princípio básico da democracia, acredito que, com relação a este, na minha vivência cotidiana de escola, falta um maior entendimento e esforço no sentido de que este seja uma prática comum em nosso meio, por isso, percebo que nossa tarefa enquanto educadores críticos e atuantes, é de agir de forma firme e decisiva na efetivação dos meios que favoreçam o envolvimento e a participação de toda a comunidade escolar no sentido de fazermos com que a participação seja vivenciada no cotidiano da nossa escola, com o objetivo de efetivarmos na prática, uma verdadeira gestão democrática.Entendendo a complexidade de uma verdadeira gestão democrática,podemos perceber que a efetivação e consolidação desta é uma tarefa árdua e que requer de nós muito esforço e disponibilidade, pois vivemos numa sociedade extremamente capitalista e individualista, onde as marcas de uma cultura patrimonialista se fazem muito presentes em toda a sociedade, porém , não devemos desanimar, mas sim agirmos com convicção de que nossa luta será gratificante, pois estaremos agindo em benefício da coletividade e nesta coletividade reside o verdadeiro caminho para a construção de uma escola mais humana, não excludente, de qualidade e que responde aos anseios de todos os segmentos da escola e, conseqüentemente, de toda uma sociedade humanamente democrática.
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