04 outubro 2010

Retrospectiva – eixo IV

Não vejo momento mais oportuno do que este para trazer esta postagem e comentá-la . Digo isso pelo fato de já ter vivenciado na prática o trabalho com PA com meus alunos durante o estágio e atualmente estar escrevendo meu TCC sobre PA. A síntese dos textos, o meu comentário com relação aos mesmos, culminando com minha prática de estágio onde desenvolvi um PA e atualmente estou escrevendo um TCC onde analisarei esta prática, mostra o quanto foram verdadeiras minhas colocações no comentário feito no eixo 4 do curso. Onde falo em confiança com base em leituras. Porém, hoje posso falar em confiança com base na prática do trabalho desenvolvido em sala de aula durante o estágio, onde a experiência que tive reforçam minhas colocações feitas no 4º semestre do curso. Ou seja, se quisermos construir um espírito investigativo em nossos alunos é necessário criarmos situações que os desafiem e os instiguem de modo que possam construir aprendizagens que tenham significados reais e verdadeiros para eles.

“09 Junho 2008

SEMINÀRIO INTEGRADOR 4

Os textos sugeridos para leitura e reflexão reforçam a idéia de que devemos considerar o conhecimento prévio dos nossos alunos a respeito do mundo que os cerca para então, partido deste, complementar, reformula , reorganizar as idéias para a construção de um conhecimento científico.

Sabemos que idéias e conceitos pré-estabelecidos encontram resistências à mudanças tanto para adultos quanto para crianças, daí a importância da escola, do professor em se propor , através de novas propostas de trabalho em sala de aula, desacomodar esses conceitos nos alunos auxiliando-os na busca de uma real reconstrução dos saberes.

É sabido que aprendemos mais com as dúvidas do que com as certezas, pois na certeza não questionamos, não buscamos, não nos desafiamos e não crescemos.

Nosso aluno aprende além da escola, esse aprendizado ocorre através das trocas e interações com o meio, por meio dessas trocas e interações as crianças acomodam e desacomodam, sofrem perturbações, transformam-se e evoluem, e pegando carona nesse processo de desacomodar, acomodar, fazer considerações, questionamentos e interações é que nós professores podemos repensar nossas práticas e posturas pré-concebidas diante do que é ensinar e aprender, pois ao nos darmos conta desse processo construtivo de conhecimentos, já temos meio caminha andado, basta apena seguir o curso dos fatos, propondo questões desafiadoras aos nossos alunos, propondo novas visões e novos caminhos para reconstrução de conceitos tidos como verdades imutáveis.

Precisamos estar atentos às perguntas das crianças para na ânsia de responder imediatamente, não matarmos, aos poucos a curiosidade e o espírito investigativo que naturalmente está dentro deles.

Seguidamente nos enrolamos com as perguntas das crianças. Não sei se não estamos preparados para responder, que geralmente saímos pela “tangente” ou se eles estão muito preparados para perguntar, fico com a segunda opção, pois como citei anteriormente, as crianças possuem um espírito investigativo que lhes é nato, mas que nós adultos nos encarregamos de fazer desaparecer tal espírito, pensando estarmos ajudando as crianças, quando na verdade estamos lhes tirando a possibilidade de descobrirem suas próprias respostas.

Outro ponto a ser considerado em um dos textos, é no que se refere ao aprendizado através do exemplo. Isso é válido tanto para nossos filhos quanto para nossos alunos, pois representamos para eles um modelo de conduta correta, daí a enorme responsabilidade que temos enquanto pais e professores, pois sabemos que somos formadores de opiniões e de atitudes, somos responsáveis pela formação da integridade moral dos nossos filhos e dos nossos alunos, por isso nossa fala deverá sempre estar pautada na mais perfeita sintonia entre discurso e ação, precisamos preservar a coerência entre o que falamos com o que realizamos na prática, pois sabemos que as crianças ao nosso redor, sejam nossos filhos ou nossos alunos, são ótimos observadores, e mais, nos tem como modelos de comportamentos e atitudes.

Para finalizar cabe dizer que, se um professor quer que seu aluno seja um sujeito crítico, curioso, investigativo, desafiador, o professor, como exemplo também deverá ser, possibilitando assim, que seu aluno, através de um espírito critico, questionador, e desafiador, se torne independente e preparado para enfrentar os desafios da vida cotidiana, sendo sempre confiante e capaz de encontrar suas próprias respostas.

O texto acima se refere a uma atividade do Seminário Integrador 4, a qual consiste na leitura, reflexão e síntese de 3 textos que nos foram indicados pelas profª Iris e Beatriz. As leituras dos textos me fizeram aumentar ainda mais minha confiança de que é possível realizar uma proposta de trabalho, em sala de aula, onde os alunos sejam instigados a questionar e buscar respostas para seus questionamentos ou encontrar soluções para seus problemas, basta os provocarmos com situações que os desafiem.

Marcadores: portifólio-Seminário Integrador IV

2 Comentários:

Blogger mauranunes.com disse...

Oi Izolete! Naquele tempo precisavas de um embasamento teórico para entender as questões que surgiam para ti, tuas dúvidas. Agora na prática percebes o sentido disso tudo, ligando prática e teoria, te tornando confiante e segura no que fazes. E escreves isso de forma muito clara, mostrando o caminho percorrido, tua aprendizagem e amadurecimento! Bjs, Maura - tutora do SI

9:08 PM  
Blogger Beatriz disse...

Izolete querida, tuas reflexões e postagens são uma mina de ouro de hipóteses e questionamentos relevantes e altamente instigantes. Eu tb fico contigo qdo levantas a hipótese de que os alunos estão muito preparados para perguntar e os professores com dificuldades para responder. Por ai já chegamos a outro problema O professor precisa responder ou ele precisa se preparar para oferecer elementos para que os perguntadores respondam , a partir de um trabalho altamente cooperativo? Um abração
Bea

3:40 PM  

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