11 junho 2010

Vivências e experiências

Vivências e experiências de vida são de fato a melhor biblioteca de consultas que podemos carregar conosco e usá-la no nosso dia-a-dia. Dizendo isso, inicio minha reflexão sobre as vivências e experiências dos alunos, as quais, mais uma vez , esta semana fiquei encantada e surpresa ao trabalhar sistemas de medidas com eles e no meio do “mede-mede” na sala de aula, onde os alunos foram convidados a medir a mobília da sala de aula, como mesa da professora, cadeira do aluno e também o braço do colega, comprimento e largura da sala de aula, largura do caderno, comprimento do lápis, enfim, foi um verdadeiro exercício “métrico” onde o envolvimento de todos foi muito intenso, a atividade se tornou prazerosa e motivadora pelo fato de se trabalhar com coisas práticas e concretas onde os alunos mostraram grande habilidade e desenvoltura em lidar de forma prática com as medidas, muito mais do que com o registro dessas no caderno, mas teve um aluno que, às vezes parece ter dificuldades de realizar determinadas atividades propostas em aula, por vezes parece um pouco desmotivado e desinteressado, este aluno me surpreendeu de maneira positiva com a rapidez e desenvoltura em que realizava todas as etapas da proposta, isso tanto na hora de medir quanto na hora do registro no caderno onde tinham que transformar os centimentros em metros. Diante de tanta facilidade do aluno, questionei-o, perguntando o motivo de tanta facilidade em entender a atividade e ele sorridente e muito satisfeito me respondeu: “meu pai é pedreiro e eu o ajudo a medir as coisa”, entendi que aquela atividade estava sendo significativa e prazerosa para ele, pois estava relacionada a sua experiência de vida e de certa forma era como dizer que o aprendizado sobre medidas que ele aprendera fora da escola, ou seja, isso vem ao encontro do que nos traz Martins: “O aprendizado dos conteúdos escolares não se dá exclusivamente a partir da relação professor-aluno,que se estabelece dentro da sala de aula, mas a partir do exercício social dos mesmos, no contato com a realidade em que os professores e alunos estão envolvidos; ou seja, é o exercício social do conhecimento que permitirá aos alunos dar sentido próprio para o conhecimento oferecido na escola. (MARTINS, 2005, p.56)” Sendo assim, cabe a nós professores proporcionar a nossos alunos uma estreita relação entre os saberes contrído na escola e os construído além dos muros escolares tornando assim, a aprendizagem mais significativa

MARTINS, João Batista. Vygotsky & A Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

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1 Comentários:

Blogger mauranunes.com disse...

Com certeza Izolete. É importante em primeiro lugar ter a sensibilidade para olhar e compreender seu aluno, e vontade de conhecê-lo melhor. Perguntar, investigar, tentando encontrar sentidos, ligações com as novas experiências e aprendizagens em sala de aula. E como aprendemos com isso não é mesmo! É possível observar que isso é parte de tua prática hoje em dia! Bjs,Maura - tutora do SI

10:25 PM  

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